20080129

depoimento I

ando pensando que preciso mudar alguns padrões de comportamento. o primeiro, fundamental para que todos os outros se estabeleçam, é meu padrão de pensamento. sempre ouvi comentários de que sou pouco prática, e sempre soube que é verdade. mas a ficha caiu realmente na primeira consulta homeopática que fiz em curitiba. quem já fez esse tipo de tratamento sabe que a consulta é uma sessão de análise, se faz necesário falar muito de si. eu lá, procurando um modo de descrever como lido com a vida/pessoas/sentimentos, e escutando a palavra "fantasia" sempre que concluia algum tópico. até esse dia, "fantasia" sempre me remetia ao filme da disney :P não é uma palavra que lembrava facilmente. mas tal palavra passou a ficar na superfície dos meus pensamentos.

engraçado como algumas coisas marcam a gente...

quando estou em curitiba, penso como poderia estar sendo em natal/o que fazer quando estiver aqui. quando estou aqui, penso no que quero fazer lá. penso como poderia ter sido se não tivesse saído daqui, se teria mudado minha perspectiva e motivação em relação à tudo. projeção demais. como seria se fosse trabalhar em algo burocrático, se tivesse filhos, se não tivesse tristeza em relação à família. se minha adolescência tivesse sido mais normal. (...)
acho que todo mundo pensa. a questão é que penso repetidamente as mesmas coisas, e não faço nada em relação à. ou me perco em imaginações. monto roteiro de novelas mexicanas, me imagino nas histórias de outras pessoas. muito.
então: gostaria de pensar em coisas com algum aproveitamento real. alguma porcentagem de cérebro usada pra lógica, pro raciocínio. geógrafico, histórico ou cultural. e transferir a idéia pro cotidiano.

não me perder nesse mar.

3 comentários:

Apple B. disse...

gente, eu sou muito assim. um dos meus maiores problemas é imaginar demais, me afundar eternamente em what ifs. :I

Lua disse...

"me imagino nas histórias de outras pessoas."
nossa, muito.

e eu não gosto mais de consultas homeopáticas. luto com todas as forças pra não ir, sempre.
não consigo imaginar a médica como alguém impessoal, mas sim como alguém que eu conheço desde que nasci, que só vejo uma vez por ano, e com quem não tenho a minima vontade de compartilhar pensamentos e sonhos.

okadokey disse...

mal de familia :*